Festival das Artes
O TÚNEL 8 – Festival das Artes, produzido pela Oficina de Ideias das Terras do Oeste – Associação Cultural, é um festival multidisciplinar que integra disciplinas como a música, o teatro, a dança, a arte participativa, performance teatral, contadores de histórias, live cooking, documentário e um workshop, com apresentações em espaços ao ar-livre e espaços não convencionais, de forma que cada uma das freguesias do concelho da Calheta possa ter um espetáculo diferente e pensado para as especificidades de cada lugar. Conta, também nesta 3ª edição, com o apoio financeiro da Câmara Municipal da Calheta.
Partindo da premissa de apresentar uma programação focada nos eixos Circulação de Ideias, Tradição e relação com o mundo, Identidade com raízes no futuro e Fertilidade Cultural, o festival rege-se pela ideia de estabelecer uma nova centralidade cultural, na periferia da periferia, e em plena articulação com o lugar e as suas gentes, tornando-as, simultaneamente, parte integrante e público-alvo de um conceito que procura fomentar a diminuição das assimetrias culturais, a valorização social e económica do território, assim como a criação de um património identitário, envolvendo as populações residentes e os visitantes numa programação pensada com critérios de universalidade, coerência com o território e as suas gentes, transversal a todas as faixas etárias, com artistas reconhecidos no âmbito regional, nacional e internacional, e dando voz, também, à comunidade.
OITO FREGUESIAS
Arco da Calheta, Calheta, Estreito da Calheta, Jardim do Mar, Paul do Mar, Prazeres, Fajã da Ovelha e Ponta do Pargo são as 8 freguesias que compõem o maior concelho da Região Autónoma da Madeira, em termos de área, num território com cerca de 116 km2 e com uma distribuição muito dispersa da totalidade da sua população. O concelho da Calheta tem registado nos últimos anos um enorme crescimento da procura turística e de residentes estrangeiros, que se vão instalando um pouco por todas as freguesias.
A programação do TÚNEL 8 – Festival das Artes procura rasgar barreiras, aproximar comunidades, estreitar a comunicação, cruzar experiências e fazer emergir todo um conjunto de novas possibilidades de conexão entre as gentes, sejam residentes, visitantes ou turistas, esbatendo assimetrias, assim como os túneis rodoviários fizeram com as distâncias físicas entre as 8 freguesias.
31 Julho a 3 Agosto
31
Julho
31 julho
“Um dia foi inaugurada a mais rica estátua que alguma vez construída na história da humanidade, e todos vieram para a ver. Mas de cima do seu pedestal, a estátua apenas via o sofrimento e a miséria. Certo dia, o príncipe conhece uma corajosa e vaidosa andorinha, e juntos fazem a diferença que faltava no mundo.”
"Ecos de Nós" explora os fios invisíveis que conectam três gerações—idosos, adultos de meia-idade e crianças—através do movimento. Num mundo onde a identidade se transforma, as fronteiras mudam e as guerras fragmentam comunidades, esta peça reflete sobre como a resiliência é transmitida de uma geração para a outra. É uma meditação sobre a fluidez do tempo, o poder das histórias herdadas e como estas moldam o nosso presente e futuro. Através do movimento, a peça torna-se um lembrete da nossa humanidade. Apesar das diferenças no ritmo, intensidade e expressão, os intérpretes ecoam uns aos outros, revelando uma linhagem inquebrável que transcende os conflitos pessoais e políticos. À medida que os fossos geracionais aumentam devido às rápidas mudanças sociais e tecnológicas, Ecos de Nós lembra-nos que a história vive não apenas nas histórias que partilhamos, mas também na forma como nos movemos, lamentamos e resistimos. À medida que tradições são perdidas ou recuperadas, e as gerações mais jovens se afastam ou regressam às suas raízes em busca de significado, esta peça oferece um momento de reflexão. Pergunta: O que carregamos daqueles que vieram antes de nós? O que escolhemos transmitir? Como navegamos num futuro modelado tanto pela conexão quanto pelo conflito? Abraçando a diferença enquanto honra a continuidade, Ecos de Nós celebra a resiliência herdada e a necessidade de diálogo intergeracional, lembrando-nos de que a essência da nossa humanidade partilhada—nossa necessidade de amar, lutar e sobreviver—permanece inquebrantável. Sabine convidará os idosos dos centros sociais para abrirem a história dos seus corpos e partilharem, através da dança, com as gerações mais jovens. O movimento, os gestos e as marcas pessoais destes entrelaçar-se-ão com as interpretações de outros, criando um rico diálogo físico que liga tempo e experiência. Através deste processo, a dança torna-se um ato pessoal e coletivo de recordar, honrar e transformar o passado no presente.
Catarina Miranda nascida em Vila Real de Trás-os-Montes, em 1990, é uma cantora, artista visual, produtora e compositora. Atua sob o nome artístico emmy Curl e foi uma das primeiras mulheres produtoras de música em Portugal, tendo começado o seu trabalho artístico apenas com 15 anos, usando o Myspace para mostrar os seus primeiros trabalhos. Desde aí, tem lançado vários álbuns e EPs durante a carreira que conta agora com dezoito anos. Lançou o seu primeiro álbum em 2007 e, atualmente, fazem parte da sua discografia - Ether (LP, 2007); Birds Among the Lines (EP, 2020); Origins (EP, 2021); Cherry Luna (LP, 2013); Navia (LP, 2025); O Porto (LP, 2019); HomeWorks 15-19 (EP, 2020); 15 Years (LP, 2022) e Pastoral (LP, 2024). “Pastoral”, o mais recente álbum editado em 2024 pela Cuca Monga, e que integrou várias listas dos melhores discos do ano, é uma homenagem à herança cultural do folclore português, uma celebração de coragem e amor em tempos difíceis. Um convite aos amantes de música a perderem-se e a deixarem-se envolver pela atmosfera Pastoral, que ecoará como as vozes das montanhas que a rodeiam. Este disco venceu o Prémio José Afonso em 2025, um prémio que visa homenagear o cantautor que lhe dá nome e é atribuído anualmente, distinguindo álbuns musicais que tenham como referência a Cultura, História, Língua e Música Popular Portuguesa e que já foi atribuído a artistas como Fausto, Sérgio Godinho, Jorge Palma, A Garota Não, entre outros. «A escolha deste álbum, deveu-se, antes de mais, à originalidade do universo musical e esté:co de emmy Curl. Os talentos mul:facetados da ar:sta permitem ao álbum premiado uma coerência esté:ca que se estende da música, textos e interpretação, ao grafismo e a outros detalhes da produção. Foi essa qualidade, originalidade e refinamento de todos os elementos do álbum que levou o júri a votar, por unanimidade, em ‘Pastoral’.» (CM Amadora, 2025) emmy Curl também ganhou destaque ao participar no Festival da Canção, em 2018, com a música "Para Sorrir Eu Não Preciso de Nada". Essa canção, escrita por Camila Ferraro e composta por Júlio Resende, conquistou o 2° lugar no concurso e foi a mais votada pelo júri. Em 2025 participou também com a sua própria composição “Rapsódia de paz” interpretada pela própria - uma canção que segue a mesma linha do álbum Pastoral de 2024 e que chegou à final do Festival.
1
Agosto
1 Agosto
Uma irmã e um irmão viveram toda a sua vida num lugar remoto, onde os rapazes andam atrás das raparigas e estas passam o dia a arranjar-se. À noite, saem para a cidade e festejam todos juntos. Todos, exceto ela e ele. Ela cuida dele, enquanto este trata da sua motorizada. Toda a gente que tem irmãos sabe que há discussões que são eternas, mas também há um amor e um cuidar que nunca muda, e é isso que existe nesta história. Fervem ideias, discussão, educação e cultura. Fervem dois irmãos que tem ideias muito concretas para a sua vida e para a vida do outro. Confrontam-se dois seres que se gostam e se odeiam. Explodem os corpos de quem só quer cuidar, e de quem só quer ser feliz, enquanto a cidade está lá longe...
La Aura é uma drag queen que, nascida na Madeira, conta a sua verdadeira história. Com início precoce no mundo do transformismo, La Aura atravessa as suas vivências, passando por uma primeira experiência de transformação ainda criança, e explorando o vínculo com a sua avó, que foi responsável pela confecção dos seus primeiros figurinos. O espetáculo narra as experiências de La Aura, uma personagem que, ao longo do tempo, se vai transformando num reflexo da sua própria história e da sua relação com os outros homens da sua família, que também partilharam do universo do transformismo. Porém, ao contrário dos seus antecessores, La Aura carrega uma história que se construiu através de traumas e alegrias que a tornaram uma verdadeira artista. Este projeto não só serve como uma homenagem à sua avó, mas também como um retrato de todos aqueles que saíram do armário sem encontrar o seu verdadeiro lugar, refletindo sobre as zonas cinzentas da identidade e da aceitação.
joy control party
OITO - Associação Cultural
23h
ESTREITO DA CALHETA Bar Doce Sabor
2
Agosto
2 Agosto
A proposta consiste na realização de um workshop introdutório à técnica da linogravura (técnica derivada da xilogravura), com duração de 3 horas. O workshop é destinado a qualquer pessoa, com idade superior a 14 anos, que deseje conhecer e experimentar o processo da gravura manual. Sendo que este está pensado para acolher uma turma de até 6 participantes, pelo simples motivo de que trabalhar com um grupo reduzido permite acompanhar de perto o desenvolvimento de cada pessoa e garantir assim que utilizem os materiais de forma correta e segura.
Vencedora da Bolsa Mário Feliciano 2024, A Mais Velha Delas Todas é um espetáculo para todas as idades. No palco uma atriz e uma antropóloga interagem com três mulheres que, em projeção falam sobre o que significa ser velha. A partir de certa idade começa-se a dizes “estou velha”, mas o envelhecimento começa no momento em que nascemos.
Desde o seu início, a missão d ́A Biqueira tem sido a valorização dos costumes e tradições gastronómicas da Madeira. O projeto começou por divulgar receitas tradicionais com "sotaque" madeirense, permitindo que as gerações atuais e futuras se conectassem com a herança culinária da região. No entanto, ao longo destes quatro anos, o projeto foi muito além da simples partilha de receitas. A Biqueira alargou o seu campo de ação, nenvolvendo-se diretamente com a comunidade e registrando testemunhos e saberes que são fundamentais para a preservação da identidade madeirense. Será promovida uma atividade gastronómica, centrada na confeção e partilha de um prato tradicional: Arroz com couve.
Desde o seu início, a missão d ́A Biqueira tem sido a valorização dos costumes e tradições gastronómicas da Madeira. O projeto começou por divulgar receitas tradicionais com "sotaque" madeirense, permitindo que as gerações atuais e futuras se conectassem com a herança culinária da região. No entanto, ao longo destes quatro anos, o projeto foi muito além da simples partilha de receitas. A Biqueira alargou o seu campo de ação, nenvolvendo-se diretamente com a comunidade e registrando testemunhos e saberes que são fundamentais para a preservação da identidade madeirense. Será promovida uma atividade gastronómica, centrada na confeção e partilha de um prato tradicional: Arroz com couve.
O documentário, realizado por Rui Dantas e produzido por Sandra Cardoso, com banda sonora original de André Santos. Este filme documental dá voz a cinco mulheres que, na primeira pessoa, partilham memórias das suas vivências, revelando como era a vida noutros tempos e de que forma alimentavam as suas famílias com os recursos disponíveis. É um registo intimista e sensível que valoriza o património imaterial da ilha, através das histórias, gestos e saberes transmitidos de geração em geração.
3
Agosto
3 Agosto
Um grupo de actores de trajes e trejeitos caricatos representam contos tradicionais madeirenses, aliando a tradição à contemporaneidade, usando uma linguagem muito teatral, interacção com o público e com o espaço, música e muita comédia. Esta proposta contempla 3 estórias ao longo de 1h30.
No início, quatro amigos juntaram-se com o objetivo de dar uma nova roupagem à música tradicional madeirense e explorar novos géneros utilizando os cordofones tradicionais madeirenses. Tendo surgido no verão de 2016, os D’Repente contam com atuações em festas culturais e gastronómicas, arraiais, hotéis, salas de espetáculos, museus, Assembleia Regional e eventos oficiais. Publicaram o seu primeiro trabalho em formato videoclip em novembro de 2019 denominado “O Bailinho D’Repente”. A partir de 2021 surgem com nova formação: braguinha (Lino Gonçalves), rajão (João Caldeira), viola de arame (Renato Spínola), ukulele baixo (Ricardo Correia) e bateria (Pedro Temtem). No seu alinhamento constam os originais: “Bailinho D’Repente”, “Água da Levada”, “Verão na Babujinha”, “A Fragnete”, “O Milhe”, “Rajank”, “A Madeira vai Florir”, “Amanhã é Natal”, “Tenho de ir Trabalhar”, e outros.
No limiar entre terra e mar, onde os passos se apagam com as ondas, Raízes em Movimento ganha forma. Um espetáculo de dança ao ar livre, encenado na areia e com o oceano como pano de fundo, que evoca as travessias incertas e corajosas de quem parte em busca de refúgio. Inspirado em histórias reais de migração forçada, o espetáculo transforma a praia num espaço simbólico de despedidas, esperança e sobrevivência. Cada movimento desenhado na areia fala de perdas silenciosas, da força invisível que empurra corpos para longe e da dignidade que resiste, mesmo em águas turbulentas. A luz natural do entardecer mistura-se com a coreografia para criar uma experiência sensorial poderosa. O som do mar entrelaça-se com música e silêncio, acentuando a fragilidade e a beleza da condição humana em trânsito. Raízes em Movimento não conta apenas uma história, é um ritual coletivo que convida o público a pisar, por instantes, a mesma areia daqueles que deixaram tudo para trás — com nada além da esperança à frente.
ESPETÁCULOS
A programação do TÚNEL 8 – Festival das Artes integra um conjunto de propostas que se define pela sua multidisciplinaridade, acolhendo artistas que se destacam a nível regional, nacional e internacional nas mais diversas áreas artísticas e com grande experiência de circulação pelo país e pelo mundo, e procurado uma relação sempre muito próxima com o público, quer do ponto de vista da acessibilidade e universalidade dos objetos artísticos, quer pela forma como a programação apela às linguagens da arte participativa, inclusiva e transgeracional.
“A proposta consiste na realização de um workshop introdutório à técnica da linogravura (técnica derivada da xilogravura), com duração de 3 horas. O workshop é destinado a qualquer pessoa, com idade superior a 14 anos, que deseje conhecer e experimentar o processo da gravura manual. Sendo que este está pensado para acolher uma turma de até 6 participantes, pelo simples motivo de que trabalhar com um grupo reduzido permite acompanhar de perto o desenvolvimento de cada pessoa e garantir assim que utilizem os materiais de forma correta e segura.”
Dança
ARTÍSTICA – ESTÚDIO DE ARTES PERFOMATIVAS DA CALHETA
Criação coreográfica de Michelle Caires
“No limiar entre terra e mar, onde os passos se apagam com as ondas, Raízes em Movimento ganha forma. Um espetáculo de dança ao ar livre, encenado na areia e com o oceano como pano de fundo, que evoca as travessias incertas e corajosas de quem parte em busca de refúgio.
Inspirado em histórias reais de migração forçada, o espetáculo transforma a praia num espaço simbólico de despedidas, esperança e sobrevivência. Cada movimento desenhado na areia fala de perdas silenciosas, da força invisível que empurra corpos para longe e da dignidade que resiste, mesmo em águas turbulentas.
A luz natural do entardecer mistura-se com a coreografia para criar uma experiência sensorial poderosa. O som do mar entrelaça-se com música e silêncio, acentuando a fragilidade e a beleza da condição humana em trânsito.
Raízes em Movimento não conta apenas uma história, é um ritual coletivo que convida o público a pisar, por instantes, a mesma areia daqueles que deixaram tudo para trás — com nada além da esperança à frente.”
Teatro
TEATRO DO BOLO DO CACO
Criação e interpretação de Xavier Miguel e Ricardo Brito, a partir do conto “O Príncipe Feliz” de Oscar Wilde
Estátua viva, figurinos e adereços de Cristiana Nunes
“Um dia foi inaugurada a mais rica estátua que alguma vez foi construída na história da humanidade, e todos vieram para a ver. Mas de cima do seu pedestal, a estátua apenas via o sofrimento e a miséria. Certo dia, o príncipe conhece uma corajosa e vaidosa andorinha, e juntos fazem a diferença que faltava no mundo.”
Contadores de Histórias
TEATRO DO BOLO DO CACO
com as atrizes e atores da ATBC
Um grupo de atores e atrizes, de trajes e trejeitos caricatos, representam contos tradicionais madeirenses, aliando a tradição à contemporaneidade, usando uma linguagem muito teatral, interação com o público e com o espaço, música e muita comédia.
Estórias como A Corcundinha, A Lapinha da Festa, A Estória de Filipe Xavelha, O Conto da Macaca, Os Três Irmãos Profetas, Soraia - a Sereia, Os Filhos do Pescador.
Teatro
EQUIVALENTE – ASSOCIAÇÃO CULTURAL E SOCIAL
Criação e interpretação de La Aura | Zacarias Gomes
Figurinos: Laura Gomes e Zacarias Gomes
Operação técnica: Constança de Jesus
Desenho de luz: Zacarias Gomes
Produção: Zacarias Gomes
“La Aura é uma drag queen que, nascida na Madeira, conta a sua verdadeira história. Com início precoce no mundo do transformismo, La Aura atravessa as suas vivências, passando por uma primeira experiência de transformação ainda criança, e explorando o vínculo com a sua avó, que foi responsável pela confecção dos seus primeiros figurinos.
O espetáculo narra as experiências de La Aura, uma personagem que, ao longo do tempo, se vai transformando num reflexo da sua própria história e da sua relação com os outros homens da sua família, que também partilharam do universo do transformismo. Porém, ao contrário dos seus antecessores, La Aura carrega uma história que se construiu através de traumas e alegrias que a tornaram uma verdadeira artista.
Este projeto não só serve como uma homenagem à sua avó, mas também como um retrato de todos aqueles que saíram do armário sem encontrar o seu verdadeiro lugar, refletindo sobre as zonas cinzentas da identidade e da aceitação.”
Workshop de Linogravura
com DANIELA FERNANDES
“A proposta consiste na realização de um workshop introdutório à técnica da linogravura (técnica derivada da xilogravura), com duração de 3 horas. O workshop é destinado a qualquer pessoa, com idade superior a 14 anos, que deseje conhecer e experimentar o processo da gravura manual. Sendo que este está pensado para acolher uma turma de até 6 participantes, pelo simples motivo de que trabalhar com um grupo reduzido permite acompanhar de perto o desenvolvimento de cada pessoa e garantir assim que utilizem os materiais de forma correta e segura.”
Inscrições:
Música
emmy Curl
“Catarina Miranda, nascida em Vila Real de Trás-os-Montes, em 1990, é uma cantora, artista visual, produtora e compositora. Atua sob o nome artístico emmy Curl e foi uma das primeiras mulheres produtoras de música em Portugal, tendo começado o seu trabalho artístico apenas com 15 anos, usando o Myspace para mostrar os seus primeiros trabalhos. Desde aí, tem lançado vários álbuns e EPs durante a carreira que conta agora com dezoito anos.
Lançou o seu primeiro álbum em 2007 e, atualmente, fazem parte da sua discografia - Ether (LP, 2007); Birds Among the Lines (EP, 2020); Origins (EP, 2021); Cherry Luna (LP, 2013); Navia (LP, 2025); O Porto (LP, 2019); HomeWorks 15-19 (EP, 2020); 15 Years (LP, 2022) e Pastoral (LP, 2024).
“Pastoral”, o mais recente álbum editado em 2024 pela Cuca Monga, e que integrou várias listas dos melhores discos do ano, é uma homenagem à herança cultural do folclore português, uma celebração de coragem e amor em tempos difíceis. Um convite aos amantes de música a perderem-se e a deixarem-se envolver pela atmosfera Pastoral, que ecoará como as vozes das montanhas que a rodeiam. Este disco venceu o Prémio José Afonso em 2025, um prémio que visa homenagear o cantautor que lhe dá nome e é atribuído anualmente, distinguindo álbuns musicais que tenham como referência a Cultura, História, Língua e Música Popular Portuguesa e que já foi atribuído a artistas como Fausto, Sérgio Godinho, Jorge Palma, A Garota Não, entre outros. «A escolha deste álbum, deveu-se, antes de mais, à originalidade do universo musical e
estético de emmy Curl. Os talentos multifacetados da artista permitem ao álbum premiado uma coerência estética que se estende da música, textos e interpretação, ao grafismo e a outros detalhes da produção. Foi essa qualidade, originalidade e refinamento de todos os elementos do álbum que levou o júri a votar, por unanimidade, em ‘Pastoral’.» (CM Amadora, 2025) emmy Curl também ganhou destaque ao participar no Festival da Canção, em 2018, com a música "Para Sorrir Eu Não Preciso de Nada". Essa canção, escrita por Camila Ferraro e composta por Júlio Resende, conquistou o 2° lugar no concurso e foi a mais votada pelo júri. Em 2025 participou também com a sua própria composição “Rapsódia de paz” interpretada pela própria - uma canção que segue a mesma linha do álbum Pastoral de 2024 e que chegou à final do Festival.”
Dança / Arte Participativa
SANDMAN COM CENTRO SOCIAL DA CALHETA
Conceito e coreografia: Sabine Molenaar (companhia SANDMAN)
Em colaboração com os performers Beatriz Baptista, Filipe Abreu, Natércia Kuprian e José Gregório Rojas
Com os e as utentes do Centro Social da Calheta e as crianças Umiko, Lisi, Ellora, Gaia e Teia
Sonoplastia: Filipe Abreu
Desenho de luz: Zacarias Gomes
Apoio financeiro da Oficina de Ideias das Terras do Oeste, através da Câmara Municipal da Calheta
"ECOS DE NÓS explora os fios invisíveis que conectam três gerações—idosos, adultos de meia-idade e crianças—através do movimento. Num mundo onde a identidade se transforma, as fronteiras mudam e as guerras fragmentam comunidades, esta peça reflete sobre como a resiliência é transmitida de uma geração para a outra. É uma meditação sobre a fluidez do tempo, o poder das histórias herdadas e como estas moldam o nosso presente e futuro.
Através do movimento, a peça torna-se um lembrete da nossa humanidade. Apesar das diferenças no ritmo, intensidade e expressão, os intérpretes ecoam uns aos outros, revelando uma linhagem inquebrável que transcende os conflitos pessoais e políticos. À medida que os fossos geracionais aumentam devido às rápidas mudanças sociais e tecnológicas, ECOS DE NÓS lembra-nos que a história vive não apenas nas histórias que partilhamos, mas também na forma como nos movemos, lamentamos e resistimos.
À medida que tradições são perdidas ou recuperadas, e as gerações mais jovens se afastam ou regressam às suas raízes em busca de significado, esta peça oferece um momento de reflexão. Pergunta: O que carregamos daqueles que vieram antes de nós? O que escolhemos transmitir? Como navegamos num futuro modelado tanto pela conexão quanto pelo conflito? Abraçando a diferença enquanto honra a continuidade, ECOS DE NÓS celebra a resiliência herdada e a necessidade de diálogo intergeracional, lembrando-nos de que a essência da nossa humanidade partilhada—nossa necessidade de amar, lutar e sobreviver—permanece inquebrantável.
Sabine convidará os idosos dos centros sociais para abrirem a história dos seus corpos e partilharem, através da dança, com as gerações mais jovens. O movimento, os gestos e as marcas pessoais destes entrelaçar-se-ão com as interpretações de outros, criando um rico diálogo físico que liga tempo e experiência. Através deste processo, a dança torna-se um ato pessoal e coletivo de recordar, honrar e transformar o passado no presente.”
Música
D’REPENTE
Braguinha: Lino Gonçalves
Rajão: João Caldeira
Viola de arame: Renato Spínola
Ukulele baixo: Ricardo Correia
Bateria: Pedro Temtem
“No início, quatro amigos juntaram-se com o objetivo de dar uma nova roupagem à música tradicional madeirense e explorar novos géneros utilizando os cordofones tradicionais madeirenses.
Tendo surgido no verão de 2016, os D’Repente contam com atuações em festas culturais e gastronómicas, arraiais, hotéis, salas de espetáculos, museus, Assembleia Regional e eventos oficiais.
Publicaram o seu primeiro trabalho em formato videoclip em novembro de 2019 denominado “O Bailinho D’Repente”.
A partir de 2021 surgem com nova formação: braguinha (Lino Gonçalves), rajão (João Caldeira), viola de arame (Renato Spínola), ukulele baixo (Ricardo Correia) e bateria (Pedro Temtem).
No seu alinhamento constam os originais: “Bailinho D’Repente”, “Água da Levada”, “Verão na Babujinha”, “A Fragnete”, “O Milhe”, “Rajank”, “A Madeira vai Florir”, “Amanhã é Natal”, “Tenho de ir Trabalhar”, e outros.”
Performance Teatral
WAMÃE – ANTROPOLOGIA PÚBLICA
Encenação de Constança de Jesus
Performers: Constança de Jesus e Inês Tecedeiro
Vídeo e som: Filipe Ferraz
“Vencedora da Bolsa Mário Feliciano 2024, A Mais Velha Delas Todas é um espetáculo para todas as idades. No palco, uma atriz e uma antropóloga interagem com três mulheres que, em projeção, falam sobre o que significa ser velha.
A partir de certa idade começa-se a dizes “estou velha”, mas o envelhecimento começa no momento em que nascemos.”
Teatro
OFICINA DE IDEIAS DAS TERRAS DO OESTE - OITO
Dramaturgia e encenação: João Paiva e Ricardo Brito
Interpretação: Ana Camacho e Guilherme Henriques
Produção: OITO
“Uma irmã e um irmão viveram toda a sua vida num lugar remoto, onde os rapazes andam atrás das raparigas e estas passam o dia a arranjar-se. À noite, saem para a cidade e festejam todos juntos. Todos, exceto ela e ele. Ela cuida dele, enquanto este trata da sua motorizada. Toda a gente que tem irmãos sabe que há discussões que são eternas, mas também há um amor e um cuidar que nunca muda, e é isso que existe nesta história. Fervem ideias, discussão, educação e cultura. Fervem dois irmãos que têm ideias muito concretas para a sua vida e para a vida do outro. Confrontam-se dois seres que se gostam e se odeiam. Explodem os corpos de quem só quer cuidar, e de quem só quer ser feliz, enquanto a cidade está lá longe...”
Cada sessão tem lotação reduzida (40 pessoas)
Reservas:
Live Cooking
A BIQUEIRA (Sandra Cardoso)
Desde o seu início, a missão d’ A Biqueira tem sido a valorização dos costumes e tradições gastronómicas da Madeira. O projeto começou por divulgar receitas tradicionais com "sotaque" madeirense, permitindo que as gerações atuais e futuras se conectassem com a herança culinária da região. No entanto, ao longo destes quatro anos, o projeto foi muito além da simples partilha de receitas. A Biqueira alargou o seu campo de ação, envolvendo-se diretamente com a comunidade e registando testemunhos e saberes que são fundamentais para a preservação da identidade madeirense.
Será promovida uma atividade gastronómica, centrada na confeção e partilha de um prato tradicional: Arroz com couve.
Documentário
À VOLTA DA MESA 2 (Receitas que resistem, memórias que permanecem)
Realização, edição e câmara: Rui Dantas
Música de André Santos
Produção: Sandra Cardoso | ATREMAR A ILHA
“Este filme documental dá voz a cinco mulheres que, na primeira pessoa, partilham memórias das suas vivências, revelando como era a vida noutros tempos e de que forma alimentavam as suas famílias com os recursos disponíveis. É um registo intimista e sensível que valoriza o património imaterial da ilha, através das histórias, gestos e saberes transmitidos de geração em geração.”
“joy control party” – DJ’s LIVE ACT
“joy control party” escreve-se em minúsculas: é curta, intensa e controlada quanto baste. Exatamente a meio da programação do TÚNEL 8, promete uma descarga sonora de punk, punk-rock, rock alternativo e por aí fora. Tem luzes frenéticas, não é uma rave, mas promete uma entrada no fim de semana a sacudir o corpo.
HISTORIAL DA OITO
A Oficina de Ideias das Terras do Oeste – Associação Cultural foi fundada a 8 de Abril de 2022, tendo sede no Concelho da Calheta (Madeira), como resultado de um processo de criação teatral “Os qu’emigraRAM” e de um projeto de formação em teatro para crianças e adolescentes denominado “Oficina de Teatro da Calheta”. Estas duas iniciativas, lançadas em 2020, tornaram evidente a necessidade de um trabalho de aproximação às diferentes comunidades do Oeste da ilha, no sentido de a arte e a cultura serem fatores de coesão daquele concelho.
Em 2022, a OITO assumiu a produção e digressão do espetáculo “Os qu’emigraRAM”. Ainda nesse ano, contratualizou com a Associação dos Amigos da Arte Inclusiva – Dançando com a Diferença, uma bolsa de criação para o projeto “mil quinhentos e 15”, da autoria de Luís Lobo Pimenta, Sara Cíntia e Zacarias Gomes, no âmbito do programa denominado de New Islands, integrado no INSUL’arts, projeto financiado pelo Programa Cultura do EEA Grants, através do Connecting Dots – Mobilidade Artísticas e Desenvolvimento de Públicos, gerido pela Direção-Geral das Artes na qualidade de Parceiro do Programa.
No ano de 2023, produziu, com o apoio financeiro da DGARTES e da Câmara Municipal do Funchal | Teatro Municipal Baltazar Dias, o espetáculo teatral “O infinito estrangeiro”, dramaturgia original de Luís Lobo Pimenta e Ricardo Brito, este último assumindo a encenação, tendo sido apresentado no Funchal, Calheta, Machico, Angra do Heroísmo, Coimbra e Loulé. Ainda em 2023, realizou as primeiras edições do TÚNEL 8 – Festival das Artes, com apoio da DGARTES e da Câmara Municipal da Calheta, e do Bag’ustos – Encontro de Gaiteiros do São Martinho, com apoio da Direção Regional da Cultura da Secretaria Regional de Turismo e Cultura da RAM.
Em 2024, produziu o espetáculo-performance em espaço público “Do outro lado da rua também vive gente”, uma encomenda da Câmara Municipal do Funchal para a Rua Fernão Ornelas, no âmbito do projeto VivaCidade, realizando, também, as 2ªs edições do TÚNEL 8 e do Bag’ustos.
Em 2025, estreou no Teatro Municipal Baltazar Dias o espetáculo teatral “Liberdade que te quero minha (ou sobre como não nos metermos em apuros)”, tem a decorrer o projeto de teatro-fórum “Liberdade para oprimir?”, pelas escolas secundárias da RAM, e realizou a residência artística “O Povo da Montanha” no Estúdio de Criação Artística do Funchal, tendo a vista a estreia, em 2026, do espetáculo “O Jardim”.
De 31 de julho e 3 de agosto de 2025, e com o apoio financeiro renovado e reforçado da Câmara Municipal da Calheta, apresenta a 3ª edição do TÚNEL 8 – Festival das Artes.





