Festival das Artes
O TÚNEL 8 – Festival das Artes, produzido pela Oficina de Ideias das Terras do Oeste – Associação Cultural, é um festival multidisciplinar que integra disciplinas como a música, o teatro, o teatro de rua, a dança, a arte participativa, concerto para famílias e espetáculo-oficina, com apresentações em espaços ao ar-livre e espaços não convencionais, de forma que cada uma das freguesias do concelho da Calheta possa ter um espetáculo diferente e pensado para as especificidades de cada lugar. Conta, também nesta 2ª edição, com o apoio financeiro da Câmara Municipal da Calheta e da Direção Geral das Artes do Ministério da Cultura.
Partindo da premissa de apresentar uma programação focada nos eixos Circulação de Ideias, Tradição e relação com o mundo, Identidade com raízes no futuro e Fertilidade Cultural, o festival rege-se pela ideia de estabelecer uma nova centralidade cultural, na periferia da periferia, e em plena articulação com o lugar e as suas gentes, tornando-as, simultaneamente, parte integrante e público-alvo de um conceito que procura fomentar a diminuição das assimetrias culturais, a valorização social e económica do território, assim como a criação de um património identitário, envolvendo as populações residentes e os visitantes numa programação pensada com critérios de universalidade, coerência com o território e as suas gentes, transversal a todas as faixas etárias, com artistas reconhecidos no âmbito regional, nacional e internacional, e dando voz à comunidade.
OITO FREGUESIAS
Arco da Calheta, Calheta, Estreito da Calheta, Jardim do Mar, Paul do Mar, Prazeres, Fajã da Ovelha e Ponta do Pargo são as 8 freguesias que compõem o maior concelho da Região Autónoma da Madeira, em termos de área, num território com cerca de 116 km2 e com uma distribuição muito dispersa da totalidade da sua população. O concelho da Calheta tem registado nos últimos anos um enorme crescimento da procura turística e de residentes estrangeiros, que se vão instalando um pouco por todas as freguesias.
A programação do TÚNEL 8 – Festival das Artes procura rasgar barreiras, aproximar comunidades, estreitar a comunicação, cruzar experiências e fazer emergir todo um conjunto de novas possibilidades de conexão entre as gentes, sejam residentes, visitantes ou turistas, esbatendo assimetrias, assim como os túneis rodoviários fizeram com as distâncias físicas entre as 8 freguesias.
25 a 28 Julho
25
Julho
Quinta-Feira
P'RÓ BEM E P'RÓ MAL Histórias invisíveis de um tempo que já não é. Projeto de intervenção comunitária junto dos e das utentes dos Centros de Dia do Arco da Calheta, Fajã da Ovelha, Ponta do Pargo e Pinheiro, do concelho da Calheta. A partir da escuta de histórias e da partilha de memórias de quotidianos de outros tempos, construímos uma narrativa audiovisual para o espaço público. Apresentação pública do projeto, orientado por Catarina Claro e Cristiana de Sousa da Casa Invisível.
P'RÓ BEM E P'RÓ MAL Histórias invisíveis de um tempo que já não é. Projeto de intervenção comunitária junto dos e das utentes dos Centros de Dia do Arco da Calheta, Fajã da Ovelha, Ponta do Pargo e Pinheiro, do concelho da Calheta. A partir da escuta de histórias e da partilha de memórias de quotidianos de outros tempos, construímos uma narrativa audiovisual para o espaço público. Apresentação pública do projeto, orientado por Catarina Claro e Cristiana de Sousa da Casa Invisível.
Sebastião Antunes, intérprete, compositor e letrista da banda de música “Quadrilha”. A “Quadrilha” é uma banda portuguesa de música “lusófona”, cujo estilo resulta da fusão de vários géneros musicais. Do “Folk” aos ritmos tradicionais portugueses, com uma abordagem mais moderna através do “pop” e até da “Dance music”.
26
Julho
Sexta-Feira
P'RÓ BEM E P'RÓ MAL Histórias invisíveis de um tempo que já não é. Projeto de intervenção comunitária junto dos e das utentes dos Centros de Dia do Arco da Calheta, Fajã da Ovelha, Ponta do Pargo e Pinheiro, do concelho da Calheta. A partir da escuta de histórias e da partilha de memórias de quotidianos de outros tempos, construímos uma narrativa audiovisual para o espaço público. Apresentação pública do projeto, orientado por Catarina Claro e Cristiana de Sousa da Casa Invisível.
P'RÓ BEM E P'RÓ MAL Histórias invisíveis de um tempo que já não é. Projeto de intervenção comunitária junto dos e das utentes dos Centros de Dia do Arco da Calheta, Fajã da Ovelha, Ponta do Pargo e Pinheiro, do concelho da Calheta. A partir da escuta de histórias e da partilha de memórias de quotidianos de outros tempos, construímos uma narrativa audiovisual para o espaço público. Apresentação pública do projeto, orientado por Catarina Claro e Cristiana de Sousa da Casa Invisível.
No ano em que se assinalam os 125 anos do nascimento de Edmundo de Bettencourt, funchalense com raízes familiares na Calheta e figura maior do Fado de Coimbra, um serenata de tributo a Edmundo de Bettencourt, da responsabilidade do Fado ao Centro, vindo diretamente de Coimbra.
27
Julho
Sábado
A partir da escuta de histórias e da partilha de memórias de quotidianos de outros tempos, construímos uma narrativa audiovisual para o espaço público, que convida, quem passa, a conhecer histórias de comunidade, de amor, de isolamento e da terra. Um percurso autónomo feito pelo público, disponível até ao fim do festival e que perdurará enquanto a natureza e ação humana permitirem, e que reflete a forma como se sente o território transformado pelo tempo, na perspectiva de se compreender até que forma se depende, hoje, do outro, em paralelo com o tempo do isolamento em relação aos outros lugares.
28
Julho
Domingo
No ano em que comemoramos os 50 anos do 25 de abril, o Buzico e a Buzica irão regressar ao passado com um concerto que levará as famílias a viajar por algumas sonoridades que marcaram aquela época.
O Burguês Gentil-Homem de Molière (séc XVII) é uma peça de teatro musical com diálogos falados, entremeados com música original de J.B. Lully (século XVII) e executadas ao vivo por músicos em palco, integrando o cenário e o elenco das personagens. Com extraordinário humor, a peça fala sobre um burguês, o Sr. Jourdain, que não economiza esforços nem dinheiro para se tornar um membro da nobreza. O texto desta comédia, conteúdos e modelos de sátira social são ainda atuais, apesar de terem passado pouco mais que três séculos desde a sua primeira apresentação.
31 Julho a 4 Agosto
31
Julho
Quarta-Feira
Dois intérpretes dão corpo e voz a um texto desconexo e surrealista que ganha forma e sentido no decorrer da acção. São momentos singulares numa espiral de acontecimentos que encontram uma linha contínua, complementando-se num tempo, espaço e linguagem comuns. "Os Poetas na Ilha" evoca momentos aparentemente triviais e quotidianos procurando a beleza, a profundidade, o grotesco, o humor e na metáfora de uma sociedade fugaz: a poesia do vulgar.
1
Agosto
Quinta-Feira
Workshop de Escrita para o Palco com Peter Cann.
Peter Cann é um dramaturgo, encenador e libretista que integra os “Cães do Mar”, na ilha Terceira, e trabalha em inglês e português. Além de escrever para teatro, rádio e televisão, as suas peças foram produzidas em contextos que vão de casas do povo e tabernas a “ site specific” e óperas de grande escala . Tem colaborado com Birmingham Rep, The Playhouse, Solent People´s Theatre , Talking Birds, BBC, Pentabus (Reino Unido) Absolute Theatre (Reino Unido e Jamaica) Isango Ensemble (África do Sul) e o Teatro Regional da Serra do Montemuro, em Portugal, em numerosos projetos. Para os “Cães do Mar” trabalhou como dramaturgo e diretor na Rua Direita (2021, 2022 ,2023, 2024), Retratos de Mulheres Açorianas, Sarrado Grande e Botequim (uma coprodução com Trigo Limpo Teatro ACERT) . O seu trabalho mais recente é a criação do texto e da letra de A balada de Portuguese Joe.(Cães do Mar) e, para a Contigo Teatro, na Madeira, Quantas Contas? e O Rapaz da Baleia Morta.
Inscreva-se aqui!
Workshop de Cenografia com Ana Brum.
Ana Brum nasceu em Angra do Heroísmo em 1977, é licenciada pela Escola Superior de Teatro e Cinema, Instituto Politécnico de Lisboa e tem desenvolvido a sua atividade enquanto designer de cena e encenadora um pouco por todo o país.
Participou como cenógrafa, figurinista e aderecista em espetáculos encenados, entre outros, por José Peixoto, Steve Jonhston, Juvenal Garcês, Graeme Pulleyn, Filipe Crawford, Ana Tamen, Hugo Sovelas, Mario Gonzalez, Nuno Pino Custódio, Peter Cann e Helen Rudge.
Fez o bacharelato em Realização Plástica do Espectáculo pela Escola Superior de Teatro e Cinema, Instituto Politécnico de Lisboa em 1999 e a Licenciatura em Design de Cena, pela mesma instituição em 2006.
Fez formação com Andrezj Kowalski, Mercedes Laso, Jean-Guy Lecat e Neville Tranter em design de cena e formas animadas, clown com Giovanni Fusetti, Iniciação à Máscara com Sofia Cabrita, e Mediação Cultural com Sofia Cabrita e Margarida Mestre.
Atualmente desempenha as funções de direção artística na companhia Cães do Mar, de que é fundadora, onde encenou Os amores encardidos de Padi e Balbina – uma dúbia estória do Revenge, Rimance de Mateus e a Baleia, Três histórias sobre um rei no exílio e Ilólogos. Fez a direção artística e dramaturgia para o espetáculo de dança inBOX, também da Cães do Mar.
Em 2023 assinou a cenografia e os figurinos para o espetáculo O Infinito Estrangeiro, produzido pela Oficina de Ideias das Terras do Oeste, dirigido por Ricardo Brito.
Inscreva-se aqui!
Uma peça de teatro sem diálogos, na qual o carinho, a emoção e a poesia das imagens estão em primeiro plano. Espectáculo de grandes dimensões (cenário e personagem em andas) com forte impacto visual no espaço público (Teatro de Rua).
2
Agosto
Sexta-Feira
“As perguntas da Menina do Ó” é um espetáculo-oficina de pensamento filosófico imaginado por Ana Lúcia Figueiredo, para o Projeto Alcateia do Serviço Educativo da Fundação Lapa do Lobo. Apresenta-se como espetáculo mas assume a estrutura de uma oficina para que as crianças possam, a partir de um Gabinete de Perguntas, descobrir pontos de interrogação no seu próprio corpo, fazer perguntas as mesmas, imaginar a melhor maneira de pensar, desenhar o pensamento, decifrar mistérios e adivinhar a primeira pergunta de todos os tempos. É pensado para ocupar salas de aula e ou salas de ensaio de espaços culturais, aproximando os alunos do exercício de fazer perguntas.
“As perguntas da Menina do Ó” é um espetáculo-oficina de pensamento filosófico imaginado por Ana Lúcia Figueiredo, para o Projeto Alcateia do Serviço Educativo da Fundação Lapa do Lobo. Apresenta-se como espetáculo mas assume a estrutura de uma oficina para que as crianças possam, a partir de um Gabinete de Perguntas, descobrir pontos de interrogação no seu próprio corpo, fazer perguntas as mesmas, imaginar a melhor maneira de pensar, desenhar o pensamento, decifrar mistérios e adivinhar a primeira pergunta de todos os tempos. É pensado para ocupar salas de aula e ou salas de ensaio de espaços culturais, aproximando os alunos do exercício de fazer perguntas.
Explorando as emoções profundas e as histórias contadas através do fado, juntamos-lhe a dança para criarmos uma narrativa sensorial que dispensa as palavras. Um espetáculo da Artística - Estúdio de Artes Performativas, dirigido por Michelle Caires.
3
Agosto
Sábado
“As perguntas da Menina do Ó” é um espetáculo-oficina de pensamento filosófico imaginado por Ana Lúcia Figueiredo, para o Projeto Alcateia do Serviço Educativo da Fundação Lapa do Lobo. Apresenta-se como espetáculo mas assume a estrutura de uma oficina para que as crianças possam, a partir de um Gabinete de Perguntas, descobrir pontos de interrogação no seu próprio corpo, fazer perguntas as mesmas, imaginar a melhor maneira de pensar, desenhar o pensamento, decifrar mistérios e adivinhar a primeira pergunta de todos os tempos. É pensado para ocupar salas de aula e ou salas de ensaio de espaços culturais, aproximando os alunos do exercício de fazer perguntas.
Os amores encardidos de Padi e Balbina – uma dúbia estória do Revenge. Este espetáculo tem um tom irreverente e cruza mímica, música, dança, clown e slapstick comedy. É quase todo ele em português mas inclui alguma linguagem profana em inglês do século XVI.
4
Agosto
Domingo
Uma peça de teatro sem diálogos, na qual o carinho, a emoção e a poesia das imagens estão em primeiro plano. Espectáculo de grandes dimensões (cenário e personagem em andas) com forte impacto visual no espaço público (Teatro de Rua).
A viagem que aqui se apresenta é uma de fome, é outra de uma triste e deformada existência, o trágico e o grotesco, lado a lado. Tão trágico, tão trágico que de tão trágico se torna patético. Mas para que tudo não se abeire de uma patetice gratuita, é necessário saber a partir de qual desespero ou medo ou raiva devemos representar o escárnio, o paradoxo, o gracejo e principalmente…como representá-lo.
Projeto musical que junta músicos de diferentes palcos. Observando repertórios de outras épocas, este quarteto, através da sua liberdade artística, apresenta uma leitura diferente dos conteúdos explorados. Assim, por vezes espontaneamente, quebra os conceitos e hábitos de outros tempos, revelando uma expressão própria, mais atual, refrescada e com um espectro sonoro elegante, unânime… diferente.
ARTISTAS
A programação do TÚNEL 8 – Festival das Artes integra um conjunto de artistas que se destacam de forma regional, nacional e internacional nas mais diversas áreas artísticas e com grande experiência de circulação pelo país e pelo mundo, numa relação sempre muito próxima com o público, quer do ponto de vista dos objetos artísticos que apresentam, quer pela forma como apelam às linguagens da arte participativa, inclusiva e transgeracional.
Ana Brum nasceu em Angra do Heroísmo em 1977, é licenciada pela Escola Superior de Teatro e Cinema, Instituto Politécnico de Lisboa e tem desenvolvido a sua atividade enquanto designer de cena e encenadora um pouco por todo o país.
Teatro de Rua
A viagem que aqui se apresenta é uma de fome, é outra de uma triste e deformada existência, o trágico e o grotesco, lado a lado. Tão trágico, tão trágico que de tão trágico se torna patético. Mas para que tudo não se abeire de uma patetice gratuita, é necessário saber a partir de qual desespero ou medo ou raiva devemos representar o escárnio, o paradoxo, o gracejo e principalmente…como representá-lo.
A personagem-tipo, ou arquétipo, que aqui se apresenta é O ZANNI, que, antes de toda a cagança ser extirpada do seu nome, crê-se ter sido conhecido, em Bérgamo, como Gianni ou Geovanni. Zanni, obrigado a abandonar a sua terra dirige-se para as repúblicas de Génova e Veneza. E a razão? A invenção do capitalismo moderno! Uma verdadeira diáspora “Zanniana” atinge estes grandes centros de importação e exportação. Não falando a língua das grandes cidades, expressa-se num dialeto irreconhecível e faz explodir uma onda de ressentimento e desprezo, bode expiatório de todo o mau humor, como acontece com todas as minorias indefesas em evidência. Faz todo o tipo de disparates de forma inconsequente, possui uma fome descomunal e, muitas vezes, falece por isso mesmo.
Ficha técnica e Artística
Direção · Alexandre Oliveira
Direção Musical, Composição e Música ao vivo – Jorge Graça e Paulo Banaco
Elenco · Alexandre Oliveira e Mariana Banaco
Figurinos - Alexandre Oliveira e Mariana Banaco
Apoio, consultoria e construção de máscaras · Nuno Pino Custódio
Grafismo e vídeo · João Ferreira
Fotografia · Carlos Gomes e João Ferreira
Costureira · D. Lurdes
Comunicação · Alexandre Oliveira
Frente de Casa · Jaime Branco
Apoio logístico ao projeto – Grémio Operário de Coimbra
Música
Ao atravessar as águas do Mondego, sobre a ponte de Santa Clara, avista-se uma cidade intemporal, tão antiga como a língua portuguesa. Aquela língua que para todos nós ainda é um dos mais valiosos patrimónios. A língua em que Camões escreveu Os Lusíadas.
Coimbra e a sua música são ainda a capital do amor em Portugal sendo o Fado Ao Centro o garante desta tradição passada, presente e futura. Neste espetáculo, sem paralelo, será transportado para o seio de uma genuína serenata Coimbrã.
No ano em que se assinalam os 125 anos do nascimento de Edmundo de Bettencourt, funchalense com raízes familiares na Calheta e figura maior do Fado de Coimbra, um serenata de tributo a Edmundo de Bettencourt, vinda diretamente de Coimbra.
Voz: João Farinha
Guitarra de Coimbra: Luís Barroso
Viola: Luís Carlos Santos
Teatro de Rua
ESPECTÁCULO POÉTICO QUE REFLECTE SOBRE A SOLIDÃO NA VELHICE.
O ritmo a que a sociedade vive e evolui, faz com que os mais velhos estejam a ser esquecidos, ou mesmo abandonados. No crepúsculo da vida, um homem pode fechar-se na bolha solitária do passado. É preciso coragem para continuar a procurar alegria e amigos. Sómente é o
retrato de um homem que permaneceu jovem de coração, mas que está preso num corpo desgastado pela passagem do tempo. Conseguirá sair da bolha?
• Uma peça de teatro sem diálogos, na qual o carinho, a emoção e a poesia das imagens estão em primeiro plano. Espectáculo
de grandes dimensões (cenário e personagem em andas) com forte impacto visual no espaço público (Teatro de Rua).
• A solidão e o envelhecimento são um tema recorrente nas peças do Teatro Só. Porém, as personagens não são tocadas pelo desespero, mas sim pela reflexão dos gestos e pela gratidão da memória. A palavra “recordação” vem do francês “recour” (re-coração). Recordar é isso: fazer passar pelo coração, uma e outra vez...
EQUIPA
ENCENAÇÃO, DRAMATURGIA E INTERPRETAÇÃO
Sérgio Fernandes
MÚSICA ORIGINAL
Ferdinand Breil
FIGURINOS
Tuya Hermann
ADEREÇOS
Olga Dumova
MÁSCARA
Bernardo Rey e Sérgio Fernandes
CENÁRIO (BANCO)
Luis Lino e Eddie Dorner
OPERADOR DE SOM
Tomás Porto
"A completely new experience of what street-theatre
can move. This performance was pure emotion.
Everyone who wants to know what really matters in life
should see this show."
La Strada Festival, Bremen, Germany"That was my favourite. I was moved to tears
Extraordinary well played."
"Touched me deeply, just wonderful!"
International Festival Holzminden, GermanyToday i went to see the street theatre in Mosbach. Your
show was very touching and I learned what can be
expressed without a single spoken word. I had tears in
my eyes. Thank you for that."
Mosbach Straßentheater, Germany
Teatro
Dois intérpretes dão corpo e voz a um texto desconexo e surrealista que ganha forma e sentido no decorrer da acção. São momentos singulares numa espiral de acontecimentos que encontram uma linha contínua, complementando-se num tempo, espaço e linguagem comuns. "Os Poetas na Ilha" evoca momentos aparentemente triviais e quotidianos procurando a beleza, a profundidade, o grotesco, o humor e na metáfora de uma sociedade fugaz: a poesia do vulgar.
Com Luís Lobo Pimenta e Sofia Valadas
Produção PUF COLECTIVO
Teatro
Os amores encardidos de Padi e Balbina – uma dúbia estória do Revenge Este espetáculo tem um tom irreverente e cruza mímica, música, dança, clown e slapstick comedy. É quase todo ele em português mas inclui alguma linguagem profana em inglês do século XVI.
Tem carácter ficcional e toda e qualquer semelhança com a realidade que conhecemos não é de todo uma coincidência.
O espetáculo foi criado pela companhia e conta a história do Revenge, um famoso navio inglês do século XVI que combateu uma armada de cinquenta e três navio espanhóis ao largo das Flores e acabou por afundar ao largo da costa da Terceira.
A história é contada na perspetiva de dois açorianos nossos contemporâneos sendo que um deles reclama ser descendente de um marinheiro irlandês do Revenge e de uma florentina, Balbina.
A história de amor é também a história de um povo que vivendo em nenhures, cascos de rolha, é o discreto espectador da História que lhe passa à porta e que nem sempre o deixa incólume. Perdidos no meio do oceano, os açorianos, são sempre encontrados para que sirvam de testemunho da incansável capacidade da Humanidade em se destruir ou reinventar.
Neste espetáculo, e em produções futuras, a companhia pretende celebrar também a cultura açoriana e as suas várias formas de se manifestar, conjugando-as com técnicas contemporâneas num trabalho que não reconhece fronteiras tanto artísticas como idiomáticas.
FICHA TÉCNICA
Encenação
Ana Brum
Texto e coreografia de luta
Peter Cann
Co-Criação e Interpretação
Ricardo Ávila
Helder Xavier
Produção
Cães do Mar
Espetáculo-Oficina
As perguntas da Menina do Ó
A Menina do Ó tem um grande novelo na cabeça. Anda à procura da primeira pergunta de todos os tempos e perde-se, quase todos os dias, nos seus pensamentos, como se fossem mapas ou constelações que nos deixam mais perto do sentido. Esta é uma oficina de brincar
ao pensar, sem ideias feitas ou respostas prontas, para pessoas cheias de porquês. Podemos ter uma primeira pergunta nova todos os dias?
Conceito
“As perguntas da Menina do Ó” é um espetáculo-oficina de pensamento filosófico imaginado por Ana Lúcia Figueiredo, para o Projeto Alcateia do Serviço Educativo da Fundação Lapa do Lobo. Apresenta-se como espetáculo mas assume a estrutura de uma oficina para que as crianças possam, a partir de um Gabinete de Perguntas, descobrir pontos de interrogação no seu próprio corpo, fazer perguntas as mesmas, imaginar a melhor maneira de pensar, desenhar o pensamento, decifrar mistérios e adivinhar a primeira pergunta de todos os tempos. É pensado para ocupar salas de aula e ou salas de ensaio de espaços culturais, aproximando os alunos do exercício de fazer perguntas.
FICHA TÉCNICA
Criação Adriana Campos e Ana Lúcia Figueiredo
Interpretação Adriana Campos
Ideia original Ana Lúcia Figueiredo
Encomenda Projeto Alcateia - Serviço Educativo da Fundação Lapa do Lobo
Imagem Lucas F. Oliveira
Música
Sebastião Antunes, intérprete, compositor e letrista da banda de música “Quadrilha”.
A “Quadrilha” é uma banda portuguesa de música “lusófona”, cujo estilo resulta da fusão de vários géneros musicais. Do “Folk” aos ritmos tradicionais portugueses, com uma abordagem mais moderna através do “pop” e até da “Dance music”.
O objetivo de Sebastião Antunes e “Quadrilha”, é fazer a fusão entre formas próprias da música da tradição portuguesa e uma certa sonoridade “folk”.
Por outro lado, tem uma preocupação, fazer chegar a sua música às classes etárias mais novas. Segundo o próprio, é muito importante que os jovens se identifiquem com a sua música e acima de tudo, também sintam que lhes pertence.
As músicas da “Quadrilha” tem como base formas simples, tal como os motivos das suas letras, que em alguns casos, como alguém já referiu, faz até lembrar o estilo do escritor Miguel Torga. Os homens do mar e as suas crenças, as gentes da terra e as suas lendas, as histórias contadas à lareira,as sortes da lua, os encantos da noite. São algumas das muitas razões que levam estes amantes da música portuguesa a fazer a festa. A Quadrilha vai fazendo histórias que reforçam a crença numa terra que tem tudo para nos dar.
Umas vezes em tom de grande folia, outras na ternura e na calma de uma balada, sempre com o som único da banda e com um forte sentido de responsabilidade em perpetuar os costumes e as tradições da cultura portuguesa.
Das várias dezenas de canções que a “Quadrilha” compôs e editou, destacam-se a “Balada do desajeitado” recentemente gravada pela conhecida banda “D.A.M.A.”, e a “cantiga da Burra”, que tem sido revisitada por vários projetos musicais nacionais e que tem sido cantada e tocada pelo país inteiro...
Sem esquecer claro outras grandes músicas, tais como: “Não há dinheiro”, “Ai caramba”, “Não deem cabo do mundo”, “Faz-me um favor”, “Ninguém é dono do mar”, “Conto do Bicho Papão”, “Carreira das duas” ... entre outras.
Sebastião Antunes e a “Quadrilha” conta já com uma vasta discografia e um leque de convidados vasto e luxuoso.
De entre todas as participações em registos fonográficos da banda, destacam-se: Tito Paris, Pumacayo Conde, Orlando Santos, Galandum Galundaina, Viviane, Tim, João Pedro Pais, Carlos Moisés, Virgul, Rão Kyao, Mariem Hassan entre outros.
DISCOGRAFIA: “Contos de fragas e pragas” 1993; “Até o Diabo se ria” 1995; “Entre Luas” 1997; “Quarto crescente” 2000; “A côr da vontade” 2003; “Deixa que aconteça” 2006; “Cá dentro” 2009; “Com um abraço” 2012; “Proibido adivinhar” 2015; “Singular” 2017; “Perguntei ao tempo” 2019; “Dia sim” 2022.
Sebastião Antunes: Voz, Guitarra, Flautas e Bouzouki
Carlos Lopes: Acordeão e programações
Emiliana Silva: Violino
Hugo Ganhão: Baixo
Mário João Santos: Bateria e percussão
Concerto para Famílias
No ano em que comemoramos os 50 anos do 25 de abril, o Buzico e a Buzica irão regressar ao passado com um concerto que levará as famílias a viajar por algumas sonoridades que marcaram aquela época.
Com uma convidada especial, uma bailarina, este será um espetáculo de fruição musical em que sons, silêncios e movimento inundarão o imaginário de pequenos e graúdos e onde a rádio será o ponto de partida para o regresso ao passado. Dos temas populares aos cantautores
emblemáticos, da melodia à percussão não convencional, trocam-se sons por sorrisos e silêncios por movimento, inundando-se a sala com estímulos e emoções.
Filipa Carvalho - percussão, melódica e voz
Ricardo Mota – guitarra, cavaquinho e voz
Michelle Caires – movimento
Duração – 45 minutos
Arte Participativa
Histórias invisíveis de um tempo que já não é
Projeto de intervenção comunitária junto dos e das utentes dos Centros de Dia do Arco da Calheta, Fajã da Ovelha, Ponta do Pargo e Pinheiro, do concelho da Calheta.
A partir da escuta de histórias e da partilha de memórias de quotidianos de outros tempos, construímos uma narrativa audiovisual para o espaço público, que convida, quem passa, a conhecer histórias de comunidade, de amor, de isolamento e da terra. Este percurso reflete a forma como se sente o território transformado pelo tempo, na perspetiva de se compreender até que forma se depende, hoje, do outro, em paralelo com o tempo do isolamento em relação aos outros lugares. Um trabalho com a duração de um mês que culminará com duas apresentação públicas. Um projeto orientado por Catarina Claro e Cristiana de Sousa da Casa Invisível.
Teatro
O Burguês Gentil-Homem de Molière (séc XVII) é uma peça de teatro musical com diálogos falados, entremeados com música original de J.B. Lully (século XVII) e executadas ao vivo por músicos em palco, integrando o cenário e o elenco das personagens. Com extraordinário humor, a peça fala sobre um burguês, o Sr. Jourdain, que não economiza esforços nem dinheiro para se tornar um membro da nobreza. O texto desta comédia, conteúdos e modelos de sátira social são ainda atuais, apesar de terem passado pouco mais que três séculos desde a sua primeira apresentação.
“O burgesso (perdão!) Burguês Gentil-Homem” resulta de um encontro entre uma trupe de atores e atrizes da OITO (que, na verdade, são quatro), infinitamente mais reduzida que a de Molière, e o Funchal Baroque Ensemble. O corpo de bailado não chega, efetivamente, a sê-lo. Não tanto pelo que baila, antes pelo que não. Os figurinos são bons de ver à luz das velas, de forma a não se perceberem as suas imperfeições. O elenco faz os possíveis e os impossíveis, mas os músicos, esses sim, são sublimes.
Queremos provocar o riso, mas não tivemos orçamento para contratar quem pudesse sentar-se na plateia a puxar a gargalhada. Exerça a sua imaginação e queira parecer mais do que aquilo que é. Aqui entre nós, confessamos-lhe: é isso que nós fazemos. De forma que não se aborreça, encurtámos a duração da récita original, mas procurámos manter tudo aquilo que importa saber. Se não o deixarmos satisfeito, venha ter connosco, que não temos medo de ninguém. Se, pelo contrário, se divertir com o nosso parco talento, deixe-nos o seu aplauso.
A partir da obra homónima de Molière & Lully
Adaptação e encenação: Ricardo Brito
Direção musical: Giancarlo Mongelli
Interpretação: Cristiana Nunes, João Paiva, José Gregório Rojas e Sara Cíntia
Músicos:
Anna Catanho: Flauta Transversal
Sara Faria: Flauta Bisel
Sandra Sá: Violino
Eduardo Fernandes: Percussão
João Pedro Ferreira: Contrabaixo
Giancarlo Mongelli: Cravo e Direção Musical.
Dança
"Acho inúteis as palavras", pela Artística - Estúdio de Artes Performativas da Calheta
Explorando as emoções profundas e as histórias contadas através do fado, juntamos-lhe a dança para criarmos uma narrativa sensorial que dispensa as palavras.
Cada movimento é uma tradução corporal de amor e perda, de encontros e desencontros, de esperanças e desilusões.
A dança e o fado pretendem chegar ao coração dos espectadores, mostrando que, muitas vezes, os sentimentos mais profundos não precisam de ser verbalizados para serem compreendidos.
Direção artística de Michelle Caires
Intérpretes:
Michelle Caires
Julia Rodrigues
Emilia Gonçalves
Noa Arraiz
Amélia Caires
Com participação especial dos Stg Dance Crew
Música
Projeto musical que junta músicos de diferentes palcos. Observando repertórios de outras épocas, este quarteto, através da sua liberdade artística, apresenta uma leitura diferente dos conteúdos explorados. Assim, por vezes espontaneamente, quebra os conceitos e hábitos de outros tempos, revelando uma expressão própria, mais atual, refrescada e com um espectro sonoro elegante, unânime… diferente.
Num ensemble composto por guitarra portuguesa, acordeão, baixo e bateria, um repertório de world music com sotaques português, brasileiro, cabo-verdiano…
Acordeão: Slobodan Sarcevic
Baixo: Ricardo Dias
Guitarra portuguesa: Pedro Marques
Bateria: Francisco Coelho
Ana Brum nasceu em Angra do Heroísmo em 1977, é licenciada pela Escola Superior de Teatro e Cinema, Instituto Politécnico de Lisboa e tem desenvolvido a sua atividade enquanto designer de cena e encenadora um pouco por todo o país.
Participou como cenógrafa, figurinista e aderecista em espetáculos encenados, entre outros, por José Peixoto, Steve Jonhston, Juvenal Garcês, Graeme Pulleyn, Filipe Crawford, Ana Tamen, Hugo Sovelas, Mario Gonzalez, Nuno Pino Custódio, Peter Cann e Helen Rudge.
Fez o bacharelato em Realização Plástica do Espectáculo pela Escola Superior de Teatro e Cinema, Instituto Politécnico de Lisboa em 1999 e a Licenciatura em Design de Cena, pela mesma instituição em 2006.
Fez formação com Andrezj Kowalski, Mercedes Laso, Jean-Guy Lecat e Neville Tranter em design de cena e formas animadas, clown com Giovanni Fusetti, Iniciação à Máscara com Sofia Cabrita, e Mediação Cultural com Sofia Cabrita e Margarida Mestre.
Atualmente desempenha as funções de direção artística na companhia Cães do Mar, de que é fundadora, onde encenou Os amores encardidos de Padi e Balbina – uma dúbia estória do Revenge, Rimance de Mateus e a Baleia, Três histórias sobre um rei no exílio e Ilólogos. Fez a direção artística e dramaturgia para o espetáculo de dança inBOX, também da Cães do Mar.
Em 2023 assinou a cenografia e os figurinos para o espetáculo O Infinito Estrangeiro, produzido pela Oficina de Ideias das Terras do Oeste, dirigido por Ricardo Brito.
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Dramaturgo
Peter Cann é um dramaturgo, encenador e libretista que integra os “Cães do Mar”, na ilha Terceira, e trabalha em inglês e português. Além de escrever para teatro, rádio e televisão, as suas peças foram produzidas em contextos que vão de casas do povo e tabernas a “ site specific” e óperas de grande escala. Tem colaborado com Birmingham Rep, The Playhouse, Solent People´s Theatre , Talking Birds, BBC, Pentabus (Reino Unido) Absolute Theatre (Reino Unido e Jamaica) Isango Ensemble (África do Sul) e o Teatro Regional da Serra do Montemuro, em Portugal, em numerosos projetos. Para os “Cães do Mar” trabalhou como dramaturgo e diretor na Rua Direita (2021, 2022 ,2023, 2024), Retratos de Mulheres Açorianas, Sarrado Grande e Botequim (uma coprodução com Trigo Limpo Teatro ACERT) . O seu trabalho mais recente é a criação do texto e da letra de A balada de Portuguese Joe.(Cães do Mar) e, para a Contigo Teatro, na Madeira, Quantas Contas? e O Rapaz da Baleia Morta.
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Encontro com os Artistas
Durante o festival, e no final dos dias, o MAGNÓLIA Contemporary Bar & Restaurant servirá de ponto de encontro entre os artistas e o público para conversas informais ao som de música ambiente da responsabilidade da OITO.
HISTORIAL DA OITO
A Oficina de Ideias das Terras do Oeste – Associação Cultural foi fundada a 8 de Abril de 2022, tendo sede no Concelho da Calheta (Madeira), como resultado de um processo de criação teatral “Os qu’emigraRAM” e de um projeto de formação em teatro para crianças e adolescentes denominado “Oficina de Teatro da Calheta”. Estas duas iniciativas, lançadas em 2020, tornaram evidente a necessidade de um trabalho de aproximação às diferentes comunidades do Oeste da ilha, no sentido de a arte e a cultura serem fatores de coesão daquele concelho.
Em 2022, a OITO assumiu a produção e digressão do espetáculo “Os qu’emigraRAM”. Ainda nesse ano, contratualizou com a Associação dos Amigos da Arte Inclusiva – Dançando com a Diferença, uma bolsa de criação para o projeto “mil quinhentos e 15”, da autoria de Luís Lobo Pimenta, Sara Cíntia e Zacarias Gomes, no âmbito do programa denominado de New Islands, integrado no INSUL’arts, projeto financiado pelo Programa Cultura do EEA Grants, através do Connecting Dots – Mobilidade Artísticas e Desenvolvimento de Públicos, gerido pela Direção-Geral das Artes na qualidade de Parceiro do Programa.
No ano de 2023, produziu, com o apoio financeiro da DGARTES e da Câmara Municipal do Funchal | Teatro Municipal Baltazar Dias, o espetáculo teatral “O infinito estrangeiro”, dramaturgia original de Luís Lobo Pimenta e Ricardo Brito, este último assumindo a encenação, tendo sido apresentado no Funchal, Calheta, Machico, Angra do Heroísmo, Coimbra e Loulé. Ainda em 2023, realizou as primeiras edições do TÚNEL 8 – Festival das Artes, com apoio da DGARTES e da Câmara Municipal da Calheta, e do Bag’ustos – Encontro de Gaiteiros do São Martinho, com apoio da Direção Regional da Cultura da Secretaria Regional de Turismo e Cultura da RAM.
Em 2024, produziu o espetáculo-performance em espaço público “Do outro lado da rua também vive gente”, uma encomenda da Câmara Municipal do Funchal para a Rua Fernão Ornelas, no âmbito do projeto VivaCidade.
Entre 25 de julho e 4 de agosto de 2024, e com o apoio financeiro renovado e reforçado da Câmara Municipal da Calheta e da Direção-Geral das Artes do Ministério da Cultura, apresenta a 2ª edição do TÚNEL 8 – Festival das Artes.