Festival das Artes
O TÚNEL 8 – Festival das Artes, produzido pela Oficina de Ideias das Terras do Oeste – Associação Cultural, é um festival multidisciplinar que integra disciplinas como a música, o teatro, o teatro de rua, a dança, a arte participativa, concerto para famílias e espetáculo-oficina, com apresentações em espaços ao ar-livre e espaços não convencionais, de forma que cada uma das freguesias do concelho da Calheta possa ter um espetáculo diferente e pensado para as especificidades de cada lugar. Conta, também nesta 2ª edição, com o apoio financeiro da Câmara Municipal da Calheta e da Direção Geral das Artes do Ministério da Cultura.
Partindo da premissa de apresentar uma programação focada nos eixos Circulação de Ideias, Tradição e relação com o mundo, Identidade com raízes no futuro e Fertilidade Cultural, o festival rege-se pela ideia de estabelecer uma nova centralidade cultural, na periferia da periferia, e em plena articulação com o lugar e as suas gentes, tornando-as, simultaneamente, parte integrante e público-alvo de um conceito que procura fomentar a diminuição das assimetrias culturais, a valorização social e económica do território, assim como a criação de um património identitário, envolvendo as populações residentes e os visitantes numa programação pensada com critérios de universalidade, coerência com o território e as suas gentes, transversal a todas as faixas etárias, com artistas reconhecidos no âmbito regional, nacional e internacional, e dando voz à comunidade.
OITO FREGUESIAS
Arco da Calheta, Calheta, Estreito da Calheta, Jardim do Mar, Paul do Mar, Prazeres, Fajã da Ovelha e Ponta do Pargo são as 8 freguesias que compõem o maior concelho da Região Autónoma da Madeira, em termos de área, num território com cerca de 116 km2 e com uma distribuição muito dispersa da totalidade da sua população. O concelho da Calheta tem registado nos últimos anos um enorme crescimento da procura turística e de residentes estrangeiros, que se vão instalando um pouco por todas as freguesias.
A programação do TÚNEL 8 – Festival das Artes procura rasgar barreiras, aproximar comunidades, estreitar a comunicação, cruzar experiências e fazer emergir todo um conjunto de novas possibilidades de conexão entre as gentes, sejam residentes, visitantes ou turistas, esbatendo assimetrias, assim como os túneis rodoviários fizeram com as distâncias físicas entre as 8 freguesias.
25 a 28 Julho
25
Julho
Quinta-Feira
P'RÓ BEM E P'RÓ MAL Histórias invisíveis de um tempo que já não é. Projeto de intervenção comunitária junto dos e das utentes dos Centros de Dia do Arco da Calheta, Fajã da Ovelha, Ponta do Pargo e Pinheiro, do concelho da Calheta. A partir da escuta de histórias e da partilha de memórias de quotidianos de outros tempos, construímos uma narrativa audiovisual para o espaço público. Apresentação pública do projeto, orientado por Catarina Claro e Cristiana de Sousa da Casa Invisível.
P'RÓ BEM E P'RÓ MAL Histórias invisíveis de um tempo que já não é. Projeto de intervenção comunitária junto dos e das utentes dos Centros de Dia do Arco da Calheta, Fajã da Ovelha, Ponta do Pargo e Pinheiro, do concelho da Calheta. A partir da escuta de histórias e da partilha de memórias de quotidianos de outros tempos, construímos uma narrativa audiovisual para o espaço público. Apresentação pública do projeto, orientado por Catarina Claro e Cristiana de Sousa da Casa Invisível.
Sebastião Antunes, intérprete, compositor e letrista da banda de música “Quadrilha”. A “Quadrilha” é uma banda portuguesa de música “lusófona”, cujo estilo resulta da fusão de vários géneros musicais. Do “Folk” aos ritmos tradicionais portugueses, com uma abordagem mais moderna através do “pop” e até da “Dance music”.
26
Julho
Sexta-Feira
P'RÓ BEM E P'RÓ MAL Histórias invisíveis de um tempo que já não é. Projeto de intervenção comunitária junto dos e das utentes dos Centros de Dia do Arco da Calheta, Fajã da Ovelha, Ponta do Pargo e Pinheiro, do concelho da Calheta. A partir da escuta de histórias e da partilha de memórias de quotidianos de outros tempos, construímos uma narrativa audiovisual para o espaço público. Apresentação pública do projeto, orientado por Catarina Claro e Cristiana de Sousa da Casa Invisível.
P'RÓ BEM E P'RÓ MAL Histórias invisíveis de um tempo que já não é. Projeto de intervenção comunitária junto dos e das utentes dos Centros de Dia do Arco da Calheta, Fajã da Ovelha, Ponta do Pargo e Pinheiro, do concelho da Calheta. A partir da escuta de histórias e da partilha de memórias de quotidianos de outros tempos, construímos uma narrativa audiovisual para o espaço público. Apresentação pública do projeto, orientado por Catarina Claro e Cristiana de Sousa da Casa Invisível.
No ano em que se assinalam os 125 anos do nascimento de Edmundo de Bettencourt, funchalense com raízes familiares na Calheta e figura maior do Fado de Coimbra, um serenata de tributo a Edmundo de Bettencourt, da responsabilidade do Fado ao Centro, vindo diretamente de Coimbra.
27
Julho
Sábado
A partir da escuta de histórias e da partilha de memórias de quotidianos de outros tempos, construímos uma narrativa audiovisual para o espaço público, que convida, quem passa, a conhecer histórias de comunidade, de amor, de isolamento e da terra. Um percurso autónomo feito pelo público, disponível até ao fim do festival e que perdurará enquanto a natureza e ação humana permitirem, e que reflete a forma como se sente o território transformado pelo tempo, na perspectiva de se compreender até que forma se depende, hoje, do outro, em paralelo com o tempo do isolamento em relação aos outros lugares.
28
Julho
Domingo
No ano em que comemoramos os 50 anos do 25 de abril, o Buzico e a Buzica irão regressar ao passado com um concerto que levará as famílias a viajar por algumas sonoridades que marcaram aquela época.
O Burguês Gentil-Homem de Molière (séc XVII) é uma peça de teatro musical com diálogos falados, entremeados com música original de J.B. Lully (século XVII) e executadas ao vivo por músicos em palco, integrando o cenário e o elenco das personagens. Com extraordinário humor, a peça fala sobre um burguês, o Sr. Jourdain, que não economiza esforços nem dinheiro para se tornar um membro da nobreza. O texto desta comédia, conteúdos e modelos de sátira social são ainda atuais, apesar de terem passado pouco mais que três séculos desde a sua primeira apresentação.
31 Julho a 4 Agosto
31
Julho
Quarta-Feira
Dois intérpretes dão corpo e voz a um texto desconexo e surrealista que ganha forma e sentido no decorrer da acção. São momentos singulares numa espiral de acontecimentos que encontram uma linha contínua, complementando-se num tempo, espaço e linguagem comuns. "Os Poetas na Ilha" evoca momentos aparentemente triviais e quotidianos procurando a beleza, a profundidade, o grotesco, o humor e na metáfora de uma sociedade fugaz: a poesia do vulgar.
1
Agosto
Quinta-Feira
Workshop de Escrita para o Palco com Peter Cann.
Peter Cann é um dramaturgo, encenador e libretista que integra os “Cães do Mar”, na ilha Terceira, e trabalha em inglês e português. Além de escrever para teatro, rádio e televisão, as suas peças foram produzidas em contextos que vão de casas do povo e tabernas a “ site specific” e óperas de grande escala . Tem colaborado com Birmingham Rep, The Playhouse, Solent People´s Theatre , Talking Birds, BBC, Pentabus (Reino Unido) Absolute Theatre (Reino Unido e Jamaica) Isango Ensemble (África do Sul) e o Teatro Regional da Serra do Montemuro, em Portugal, em numerosos projetos. Para os “Cães do Mar” trabalhou como dramaturgo e diretor na Rua Direita (2021, 2022 ,2023, 2024), Retratos de Mulheres Açorianas, Sarrado Grande e Botequim (uma coprodução com Trigo Limpo Teatro ACERT) . O seu trabalho mais recente é a criação do texto e da letra de A balada de Portuguese Joe.(Cães do Mar) e, para a Contigo Teatro, na Madeira, Quantas Contas? e O Rapaz da Baleia Morta.
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Workshop de Cenografia com Ana Brum.
Ana Brum nasceu em Angra do Heroísmo em 1977, é licenciada pela Escola Superior de Teatro e Cinema, Instituto Politécnico de Lisboa e tem desenvolvido a sua atividade enquanto designer de cena e encenadora um pouco por todo o país.
Participou como cenógrafa, figurinista e aderecista em espetáculos encenados, entre outros, por José Peixoto, Steve Jonhston, Juvenal Garcês, Graeme Pulleyn, Filipe Crawford, Ana Tamen, Hugo Sovelas, Mario Gonzalez, Nuno Pino Custódio, Peter Cann e Helen Rudge.
Fez o bacharelato em Realização Plástica do Espectáculo pela Escola Superior de Teatro e Cinema, Instituto Politécnico de Lisboa em 1999 e a Licenciatura em Design de Cena, pela mesma instituição em 2006.
Fez formação com Andrezj Kowalski, Mercedes Laso, Jean-Guy Lecat e Neville Tranter em design de cena e formas animadas, clown com Giovanni Fusetti, Iniciação à Máscara com Sofia Cabrita, e Mediação Cultural com Sofia Cabrita e Margarida Mestre.
Atualmente desempenha as funções de direção artística na companhia Cães do Mar, de que é fundadora, onde encenou Os amores encardidos de Padi e Balbina – uma dúbia estória do Revenge, Rimance de Mateus e a Baleia, Três histórias sobre um rei no exílio e Ilólogos. Fez a direção artística e dramaturgia para o espetáculo de dança inBOX, também da Cães do Mar.
Em 2023 assinou a cenografia e os figurinos para o espetáculo O Infinito Estrangeiro, produzido pela Oficina de Ideias das Terras do Oeste, dirigido por Ricardo Brito.
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Uma peça de teatro sem diálogos, na qual o carinho, a emoção e a poesia das imagens estão em primeiro plano. Espectáculo de grandes dimensões (cenário e personagem em andas) com forte impacto visual no espaço público (Teatro de Rua).
2
Agosto
Sexta-Feira
“As perguntas da Menina do Ó” é um espetáculo-oficina de pensamento filosófico imaginado por Ana Lúcia Figueiredo, para o Projeto Alcateia do Serviço Educativo da Fundação Lapa do Lobo. Apresenta-se como espetáculo mas assume a estrutura de uma oficina para que as crianças possam, a partir de um Gabinete de Perguntas, descobrir pontos de interrogação no seu próprio corpo, fazer perguntas as mesmas, imaginar a melhor maneira de pensar, desenhar o pensamento, decifrar mistérios e adivinhar a primeira pergunta de todos os tempos. É pensado para ocupar salas de aula e ou salas de ensaio de espaços culturais, aproximando os alunos do exercício de fazer perguntas.
“As perguntas da Menina do Ó” é um espetáculo-oficina de pensamento filosófico imaginado por Ana Lúcia Figueiredo, para o Projeto Alcateia do Serviço Educativo da Fundação Lapa do Lobo. Apresenta-se como espetáculo mas assume a estrutura de uma oficina para que as crianças possam, a partir de um Gabinete de Perguntas, descobrir pontos de interrogação no seu próprio corpo, fazer perguntas as mesmas, imaginar a melhor maneira de pensar, desenhar o pensamento, decifrar mistérios e adivinhar a primeira pergunta de todos os tempos. É pensado para ocupar salas de aula e ou salas de ensaio de espaços culturais, aproximando os alunos do exercício de fazer perguntas.
Explorando as emoções profundas e as histórias contadas através do fado, juntamos-lhe a dança para criarmos uma narrativa sensorial que dispensa as palavras. Um espetáculo da Artística - Estúdio de Artes Performativas, dirigido por Michelle Caires.
3
Agosto
Sábado
“As perguntas da Menina do Ó” é um espetáculo-oficina de pensamento filosófico imaginado por Ana Lúcia Figueiredo, para o Projeto Alcateia do Serviço Educativo da Fundação Lapa do Lobo. Apresenta-se como espetáculo mas assume a estrutura de uma oficina para que as crianças possam, a partir de um Gabinete de Perguntas, descobrir pontos de interrogação no seu próprio corpo, fazer perguntas as mesmas, imaginar a melhor maneira de pensar, desenhar o pensamento, decifrar mistérios e adivinhar a primeira pergunta de todos os tempos. É pensado para ocupar salas de aula e ou salas de ensaio de espaços culturais, aproximando os alunos do exercício de fazer perguntas.
Os amores encardidos de Padi e Balbina – uma dúbia estória do Revenge. Este espetáculo tem um tom irreverente e cruza mímica, música, dança, clown e slapstick comedy. É quase todo ele em português mas inclui alguma linguagem profana em inglês do século XVI.
4
Agosto
Domingo
Uma peça de teatro sem diálogos, na qual o carinho, a emoção e a poesia das imagens estão em primeiro plano. Espectáculo de grandes dimensões (cenário e personagem em andas) com forte impacto visual no espaço público (Teatro de Rua).
A viagem que aqui se apresenta é uma de fome, é outra de uma triste e deformada existência, o trágico e o grotesco, lado a lado. Tão trágico, tão trágico que de tão trágico se torna patético. Mas para que tudo não se abeire de uma patetice gratuita, é necessário saber a partir de qual desespero ou medo ou raiva devemos representar o escárnio, o paradoxo, o gracejo e principalmente…como representá-lo.
Projeto musical que junta músicos de diferentes palcos. Observando repertórios de outras épocas, este quarteto, através da sua liberdade artística, apresenta uma leitura diferente dos conteúdos explorados. Assim, por vezes espontaneamente, quebra os conceitos e hábitos de outros tempos, revelando uma expressão própria, mais atual, refrescada e com um espectro sonoro elegante, unânime… diferente.
ARTISTAS
A programação do TÚNEL 8 – Festival das Artes integra um conjunto de artistas que se destacam de forma regional, nacional e internacional nas mais diversas áreas artísticas e com grande experiência de circulação pelo país e pelo mundo, numa relação sempre muito próxima com o público, quer do ponto de vista dos objetos artísticos que apresentam, quer pela forma como apelam às linguagens da arte participativa, inclusiva e transgeracional.
Ana Brum nasceu em Angra do Heroísmo em 1977, é licenciada pela Escola Superior de Teatro e Cinema, Instituto Politécnico de Lisboa e tem desenvolvido a sua atividade enquanto designer de cena e encenadora um pouco por todo o país.